Pixinguinha – O Gênio da Música Popular Brasileira

Nasce Pixinguinha

No dia 23 de abril de 1897 (ou seria 4 de maio de 1897?) nascia na cidade do Rio de Janeiro-RJ o menino Alfredo da Rocha Vianna. Filho de Raimunda Maria da Conceição e Alfredo da Rocha Vianna, Alfredo tinha treze irmãos, sendo quatro do primeiro casamento de sua mãe.

Infância

Sua infância se deu num casarão de oito quartos no bairro do Catumbi, onde morava toda a sua família, e ainda no porão, tinha espaço para hóspedes amigos da família como Sinhô, Bonfiglio de Oliveira, Irineu de Almeida, entre outros. Por isso, o casarão ficou conhecido como “Pensão Viana”.

Quando criança era conhecido como “Pizindin”. Alguns dizem que o apelido foi dado por sua avó Edwiges, que era africana. Três de suas irmãs afirmaram,  em um depoimento, que quem transformou o apelido Pizindin em Pixinguinha foi uma prima, Eurídice, e que a família acabou transformando “Pizindin” em “Pizinguim” (que segundo Almirante significa pequeno bobo em dialeto africano). De acordo com o depoimento do próprio compositor para o MIS, o apelido “Pixinguinha” surgiu da fusão do apelido “Pizindin” com o de “Bexiguinha”, herdado ao contrair “Bexiga” (varíola) na época da epidemia, que deixou marcas em seu rosto.

Estudos

Seus estudos curriculares começaram com o professor Bernardes, na base da palmatória. Passou depois para o Liceu Santa Teresa, onde teve Vicente Celestino como colega, e posteriormente para o Mosteiro de São Bento, onde futuramente também estudaria o compositor Noel Rosa. Mas o negócio de Pixinguinha era a música, e não a escola. Então, um tempo depois, ele largou o Mosteiro com apoio da família para se profissionalizar.

Vida na Música

Quase todos na sua casa tocavam algum instrumento: Edith tocava piano e cavaquinho, Otávio (mais conhecido como China) tocava violão de 6 e 7 cordas e banjo, cantava e declamava. Henrique e Léo tocavam violão e cavaquinho. Hermengarda não se tornou cantora profissional diante da proibição do pai. pixinguinha começou seu aprendizado musical inicialmente com seus irmãos, que lhe ensinaram cavaquinho.

Seu pai tocava flauta e promovia muitas festas em casa, das quais participavam chorões famosos, como por exemplo Villa Lobos, Quincas Laranjeira, Bonfiglio de Oliveira, Irineu de Almeida, entre outros. Pixinguinha cresceu ouvindo essas reuniões musicais, e, no dia seguinte a cada noitada, tirava de ouvido os chorinhos aprendidos na noite anterior, numa flauta de folha. Mas seu grande sonho mesmo era aprender a tocar requinta (uma espécie de clarinete). Não tendo dinheiro para comprar o instrumento para o filho, Alfredo foi lhe ensinando a tocar flauta mesmo.

O respeitado flautista Irineu de Almeida, que morava na “Pensão Viana” nessa época, começou também a passar seus conhecimentos para Pixinguinha, que progredia assustadoramente. Entusiasmado com a rapidez de seu aprendizado, seu pai presenteou-lhe com uma flauta italiana da marca Balancina Billoro. Com essa flauta, além de tocar em bailes e quermesses, em 1911 Pixinguinha estreou em disco, como integrante do conjunto Pessoal do Bloco.

Seu primeiro emprego como flautista foi na Casa de Chope La Concha. Depois disso tocou em vários cassinos, cabarés, bares, tornando-se em pouco tempo conhecido nas noites da Lapa. Apresentava-se nos cinemas, com as orquestras que tocavam durante a projeção dos filmes mudos. Tocou também em peças do teatro Rio Branco, substituindo o flautista Antônio Maria Passos, que adoecera. Quando Passos voltou, surgiram reclamações de todos os lados, porque estavam todos acostumados com os shows de improviso que Pixinguinha fazia. Assim, um tempo depois, Passos perdeu seu lugar para o jovem flautista.

Sua primeira composição é de 1911, o choro ‘Lata de leite’. Segundo o livro ‘Filho de Ogum Bexiguento’, essa música “foi inspirada no costume dos chorões de beberem o leite que os leiteiros já haviam deixado nas portas das casas quando, de madrugada, retornavam das tocatas com seus instrumentos”.

No final da 1º guerra (1919), em decorrência à gripe espanhola, as salas de cinema ficavam vazias, pois todo mundo temia ficar em lugares fechados com medo de ficar doente. Então, para atrair o público, o Cinema Odeon contratou Ernesto Nazareth para tocar piano na sala de espera. Preocupado com a concorrência, Isaac Frankel, gerente do Cinema Palais que ficava quase em frente ao Odeon, convidou Pixinguinha a formar um conjunto para tocar na sala de espera. Assim surgiu o conjunto Oito Batutas. Os integrantes do grupo eram Pixinguinha (flauta), Donga (violão), China (violão e voz), Nelson Alves (cavaquinho), Raul Palmieri (violão), Luiz Pinto da Silva (bandola e reco-reco), Jacob Palmieri (pandeiro) e José Alves Lima (bandolim e ganzá), posteriormente substituído por João Pernambuco (violão).

O repertório do grupo variava entre modinhas, choros, canções regionais, desafios sertanejos, maxixes, lundus, corta-jacas, batuques, cateretês etc. Em várias apresentações os integrantes do grupo adotaram pseudônimos sertanejos. Pixinguinha por várias vezes foi “Zé Vicente”.

Assistir no YouTube: Pixinguinha – Os Oito Batutas.

Viagens e sucesso no exterior

De 1919 a 1921 o grupo fez uma turnê no interior e capital de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Bahia e Pernambuco. De volta ao Rio, começaram a tocar no Cabaré Assírio, no subsolo do Teatro Municipal. Foi lá que conheceram Arnaldo Guinle, milionário e fã do grupo que patrocinou uma temporada para os Oito Batutas em Paris. Impossibilitados de sair da cidade, os irmão Palmieri e Luiz Pinto da Silva foram substituídos por Feniano, José Monteiro e J. Thomás, respectivamente, sendo que J. Thomás adoeceu, ficando o grupo reduzido a sete integrantes. Em 29 de janeiro de 1922 eles embarcaram para a Europa, mas com o nome de Os Batutas (em francês “Les Batutas”). O sucesso foi imediato, mas a ida do grupo causou polêmica. Muita gente se sentiu honrado pela representação do Brasil lá fora, mas outras pessoas preconceituosas se sentiram envergonhadas, “taxavam a viagem de desmoralizadora do Brasil e pediram até providências por parte do Ministro do Exterior.”

A turnê estava programada para um mês, mas devido ao tremendo sucesso, acabaram ficando por lá 6 meses e só voltaram porque a saudade era grande. Os Oito Batutas voltaram com influência jazzística na bagagem. Pixinguinha ganhou um saxofone de Arnaldo Guinle que muitos anos depois iria substituir a flauta.

Donga substituiu o violão pelo banjo e eles também incorporaram instrumentos ainda desconhecidos na música popular, como pistão, trombone e clarineta. Continuaram tocando no Assírio, e em vários outros locais, até que surgiu uma outra viagem, desta vez para a Argentina onde embarcaram, não se sabe ao certo, entre dezembro de 1922 e abril de 1923. Novamente o grupo foi modificado: Pixinguinha (flauta e saxofone), J. Thomás (bateria), China (violão e voz), Donga (violão e banjo), Josué de Barros (violão), Nelson Alves (cavaquinho), J. Ribas (piano) e José Alves (bandolim e ganzá). O sucesso foi grande, mas as divergências foram maiores, e o grupo se dividiu, ficando metade sob a liderança de Pixinguinha e China, e a outra metade com Donga e Nelson Alves. O grupo liderado por Pixinguinha ficou na Argentina, enquanto que a outra parte liderada por Donga voltou ao Brasil. Os que na Argentina ficaram tiveram sérios problemas de sobrevivência.

Depois de levar um golpe de um empresário que fugiu com todo o dinheiro do grupo, a única saída era apelar. E foi o que eles fizeram. Josué de Barros (que alguns anos depois seria o descobridor de Carmen Miranda) resolveu dar uma de faquir, ficando enterrado vivo durante dez dias, para ver se arranjavam dinheiro para pelo menos voltar para o Brasil, mas no terceiro ou quarto dia teve que desistir da idéia, pois o calor era grande e a esposa do chefe de polícia, sensibilizada, pediu que ele desistisse. O retorno ao Brasil se deu com a ajuda do consulado brasileiro em Buenos Aires.

Trabalhos

Além dos Oito Batutas, Pixinguinha em sua carreira liderou várias formações musicais, tais como: Orquestra Típica Pixinguinha-Donga (1925), Orquestra Victor Brasileira, Orquestra Típica Victor (1930), Grupo da Guarda Velha (1931), Diabos do Céu (1933), Cinco Companheiros (1937), a dupla Benedito Lacerda & Pixinguinha(1946) e o grupo Velha-Guarda (1956). Conforme o pesquisador Tarik de Souza, através da indicação de Heitor Villa Lobos, Pixinguinha liderou o grupo (com Cartola, Donga, Zé da Zilda, Jararaca, Luiz Americano) que gravou em 1940 com o maestro norte-americano Leopold Stokowski (o mesmo que regeu a trilha sonora do filme Fantasia de Walt Disney), à bordo do navio Uruguai, dentro do plano do presidente Roosevelt de fortalecimento dos laços culturais com vizinhos aliados durante a Segunda Guerra.

Quando compôs “Carinhoso”, entre 1916 e 1917 e “Lamentos” em 1928, que são considerados alguns dos choros mais famosos, Pixinguinha foi criticado e essas composições foram consideradas como tendo uma inaceitável influência do jazz, enquanto hoje em dia podem ser vistas como avançadas demais para a época. Além disso, “Carinhoso” na época não foi considerado choro, e sim uma polca. 

Assista no YouTube: Pixinguinha – Carinhoso

Família

Quando Pixinguinha trabalhou como regente na peça Tudo Preto, conheceu a atriz e cantora Jandira Aymoré, que chamava-se na verdade Albertina Pereira Nunes (Betí, para Pixinguinha). Casaram-se em 05 de janeiro de 1927. Oito anos depois, foi comprovada a existência de um problema de esterilidade no casal, que então resolveu adotar um filho, Alfredo da Rocha Vianna Neto.

Em agosto de 1928 faleceu seu irmão e melhor amigo, China, aos 37 anos, com aneurisma da aorta, enquanto esperava ser atendido na sala de espera de um consultório médico.

Assistir no YouTube: Pixinguinha – Rosa.

Carreira Musical

Pixinguinha levou o título de ser o primeiro orquestrador da Música Popular Brasileira. É dele a famosa introdução da música O teu cabelo não nega, de Lamartine Babo e os Irmãos Valença e de Taí, de Joubert de Carvalho (sucesso lançado por Carmen Miranda). Ou seja, ele pode ser considerado co-autor de dezenas de músicas as quais lhe coube a “função” de escrever as introduções. Em 1929, quando foi contratado pela RCA Victor para ser orquestrador exclusivo da gravadora, inaugurou essa prática ainda não existente no Brasil.

Diante do conselho de vários de seus amigos, Pixinguinha foi fazer um curso de música, para adquirir um pouco de teoria e recebeu o diploma em outubro de 1933. Foi quando recebeu um convite para assumir o cargo de fiscal da Limpeza Urbana Pública, mas não para cuidar da limpeza da cidade, e sim para que ele fundasse uma banda, a Banda Municipal. Mas como não combinava, o litro de pinga que ele tomava antes de cada ensaio, com a disciplina militar da banda, e ainda somando sua ojeriza em usar a farda com botas de cano longo, foi logo transferido para a carreira burocrática, que escalou, passo a passo, até se aposentar, em 1966 como Professor de Artes.

Em 1946, Pixinguinha, com as mãos trêmulas devido à bebida e sem embocadura, trocou a flauta pelo saxofone definitivamente. Unindo-se ao flautista Benedito Lacerda, formou uma dupla que gerou muitos comentários e dúvidas nos meios musicais, porque a fama de Benedito era de apossar-se de músicas alheias. Ao que parece, Benedito e Pixinguinha fizeram um acordo. Sem dinheiro para pagar a casa que havia comprado e que estava hipotecada, Pixinguinha recorreu ao amigo que lhe conseguiu o dinheiro, em troca de parceria.

Assistir no YouTube: Pixinguinha – Vou Vivendo.

Pixinguinha também fez a trilha sonora de dois filmes: ‘Sol sobre a lama’ de Alex Vianny e ‘Um dia qualquer’.

Assistir no YouTube: Pixinguinha – Lamento

Em 1956 Pixinguinha recebeu a homenagem do prefeito Negrão de Lima, através da inauguração da rua Pixinguinha, em Olaria, onde morava o compositor.

Saúde

Foi na terceira complicação cardíaca, em 1964, que Pixinguinha teve que ficar internado por mais de um mês, além de ter que abdicar à bebida, comida e parar de tocar saxofone, retornando a seus velhos hábitos dois anos depois. Quando o médico, algum tempo depois, lhe deu alta para tocar saxofone novamente, Pixinguinha chorou. Enquanto esteve hospitalizado, Pixinguinha compôs 20 músicas, e para cada uma dava um título relacionado com alguma coisa que acontecia no hospital. Uma delas, por exemplo, se chamou ‘Manda brasa’, expressão que ouviu da cozinheira, quando ia almoçar. Num momento que estava sozinho escreveu Solidão, e quando recebeu alta escreveu ‘Vou pra casa’.

Seu filho Alfredo casou-se em janeiro de 1971. No ano seguinte, Betí ficou seriamente doente e foi internada no hospital. O coração de Pixinguinha, já fraco, não aguentou. Sofreu um enfarte, e foi parar no mesmo hospital que a esposa estava internada. Como o estado de Betí era mais grave do que o de Pixinguinha, pai e filho combinaram que todos os dias, no horário de visita, o compositor vestiria seu terno, seu chapéu, e levaria um buquê de flores para a esposa, que, alguns dias depois, mais precisamente em 07 de junho de 1972, aos 73 anos, morreu, sem saber do estado do marido.

Depois da morte de Betí, Alfredo Neto foi morar com sua esposa na casa do pai, para lhe fazer companhia. Em janeiro de 1973 nasceu o primeiro neto de Pixinguinha.

Falecimento

Em 17 de fevereiro de 1973, Pixinguinha teve outro enfarte, durante um batizado no qual seria padrinho. Apesar de ter sido socorrido às pressas, Pixinguinha morreu ali mesmo, dentro da igreja de Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, aos 74 anos. Foi enterrado no Cemitério de Inhaúma. Pixinguinha passou os últimos anos de sua vida em Ramos, bairro que adorava.

Várias homenagens póstumas lhe foram prestadas, entre elas, a da Portela, que, no carnaval seguinte levou para a Avenida o samba-enredo O mundo melhor de Pixinguinha, com autoria de Jair Amorim, Evaldo Gouveia e Velha, que lhes rendeu o segundo lugar.

Obra

Pixinguinha escreveu, aproximadamente, duas mil músicas. Foi um dos mais férteis compositores da MPB.

Assistir no YouTube: A Música Genial de Pixinguinha.

Algumas de suas músicas:
  • A pombinha (com Donga)
  • A vida é um buraco
  • Aberlado
  • Abraçando Jacaré
  • Acerta o passo
  • Aguenta, seu Fulgêncio (com Lourenço Lamartine)
  • Ai, eu queria (com Vidraça)
  • Ainda existe
  • Ainda me recordo
  • Amigo do povo
  • Assim é que é
  • Benguelê
  • Bianca (com Andreoni)
  • Buquê de flores (com W. Falcão)
  • Cafezal em flor (com Eugênio Fonseca)
  • Carinhos
  • Carinhoso (com João de Barro)
  • Carnavá tá aí (com Josué de Barros)
  • Casado na orgia (com João da Baiana)
  • Casamento do coronel Cristino
  • Céu do Brasil (com Gomes Filho)
  • Chorei
  • Chorinho no parque São Jorge (com Salgado Filho)
  • Cochichando (com João de Barro e Alberto Ribeiro)
  • Conversa de crioulo (com Donga e João de Baiana)
  • Dança dos ursos
  • Dando topada
  • Desprezado
  • Displicente
  • Dominante
  • Dominó
  • Encantadora
  • Estou voltando
  • Eu sou gozado assim
  • Fala baixinho (com Hermínio Bello de Carvalho)
  • Festa de branco (com Baiano)
  • Foi muamba (com Índio)
  • Fonte abandonada (com Índio)
  • Fraternidade
  • Gargalhada
  • Gavião calçudo (com Cícero de Almeida)
  • Glória
  • Guiomar (com Baiano)
  • Há! hu! lá! ho! (com Donga e João da Baiana)
  • Harmonia das flores (com Hermínio Bello de Carvalho)
  • Hino a Ramos
  • Infantil
  • Iolanda
  • Isso é que é viver (com Hermínio Bello de Carvalho)
  • Isto não se faz (com Hermínio Bello de Carvalho)
  • Já andei (com Donga e João da Baiana)
  • Já te digo (com China)
  • Jardim de Ilara (com C. M. Costal)
  • Knock-out
  • Lamento
  • Lamentos (com Vinícius de Moraes)
  • Lá-ré
  • Leonor
  • Levante, meu nego
  • Lusitânia (com F. G. D. )
  • Mais quinze dias
  • Mama, meu netinho (com Jararaca)
  • Mamãe Isabé (com João da Baiana)
  • Marreco quer água
  • Meu coração não te quer (com E. Almeida)
  • Mi tristezas solo iloro
  • Mulata baiana (com Gastão Vianna)
  • Mulher boêmia
  • Mundo melhor (com Vinícius de Moraes)
  • Não gostei dos teus olhos (com João da Baiana)
  • Não posso mais
  • Naquele tempo (com Benedito Lacerda e Reginaldo Bessa)
  • Nasci pra domador (com Valfrido Silva)
  • No elevador
  • Noite e dia (com W. Falcão)
  • Nostalgia ao luar
  • Número um
  • O meu conselho
  • Os batutas (com Duque)
  • Os cinco companheiros
  • Os home implica comigo (com Carmen Miranda)
  • Onde foi Isabé
  • Oscarina
  • Paciente
  • Página de dor (com Índio)
  • Papagaio sabido (com C. Araújo)
  • Patrão, prenda seu gado (com Donga e João da Baiana)
  • Pé de mulata
  • Poema de raça (com Z. Reis e Benedito Lacerda)
  • Poética
  • Por vôce fiz o que pude (com Beltrão)
  • Pretensiosa
  • Promessa
  • Que perigo
  • Que querê (com Donga e João da Baiana)
  • Quem foi que disse
  • Raiado (com Gastão Vianna)
  • Rancho abandonado (com Índio)
  • Recordando
  • Rosa (com Otávio de Sousa)
  • Rosa
  • Samba de fato (com Baiano)
  • Samba de nego
  • Samba do urubu
  • Samba fúnebre (com Vinícius de Moraes)
  • Samba na areia
  • Sapequinha
  • Saudade do cavaquinho (com Muraro)
  • Seresteiro
  • Sofres porque queres
  • Solidão
  • Sonho da Índia (com N. N. e Duque)
  • Stella (com de Castro e Sousa)
  • Teu aniversário
  • Teus ciúmes
  • Triangular
  • Tristezas não pagam dívidas
  • Um a zero (com Benedito Lacerda)
  • Um caso perdido
  • Uma festa de Nanã (com Gastão Vianna) * Urubu
  • Vamos brincar
  • Variações sobre o urubu e o gavião
  • Vem cá! não vou!
  • Vi o pombo gemê (com Donga e João da Baiana)
  • Você é bamba (com Baiano)
  • Você não deve beber (com Manuel Ribeiro)
  • Vou pra casa
  • Xou Kuringa (com Donga e João da Baiana)
  • Yaô africano (com Gastão Vianna)
  • Zé Barbino (com Jararaca)
  • Proezas de Solon
  • Vou Vivendo
Homenagens póstumas

No dia 23 de abril comemora-se o Dia Nacional do Choro. A data foi criada como homenagem ao que se acreditava ser a data de nascimento de Pixinguinha. Ela foi criada oficialmente em 4 de setembro de 2000, quando foi sancionada lei originada por iniciativa do bandolinista Hamilton de Holanda e seus alunos da Escola de Choro Raphael Rabello. Em novembro de 2016, entretanto, foi descoberto que a verdadeira data de nascimento do compositor é 4 de maio de 1897, e não 23 de abril, como se acreditava até então. Apesar disso, a data de comemoração do estilo musical criado pelo artista permaneceu inalterada.

Em 2014, foi homenageado pela escola de samba Mocidade Unida da Mooca campeã do quarto grupo.

Em 2016, ganhou uma estátua no Bar da Portuguesa, em Ramos. Foi feita da forma que ele passou os últimos anos de sua vida, feliz e de pijamas na mesa daquele bar.

Curiosidade: Encontro histórico

A vinda de Louis Armstrong ao Brasil, em novembro de 1957, ficou marcada na vida do Rio, então capital federal. O ponto alto da visita do músico americano foi um encontro com a nata da MPB e o presidente Juscelino Kubitschek.

Homenageado com um banquete no Palácio Laranjeiras no dia 26, o jazzman foi recebido pelo presidente Juscelino e o prefeito do Distrito Federal, Negrão de Lima, e conheceu Pixinguinha, Dorival Caymmi, Sivuca e Elizeth Cardoso, Grande Otelo, entre outros artistas. Armstrong deu ainda uma canja, acompanhado pela sanfona de Sivuca, para alegria dos convidados.

O histórico encontro com Pixinguinha inspirou o enredo da escola de samba Unidos da Tijuca que foi levado à Marquês de Sapucaí no carnaval de 2017.

Fontes Consultadas:

Portal São Francisco

Ebiografia

Instituto Moreira Sales – www.pixinguinha.com.br

O Globo

Wikipedia

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